A aprendizagem e o Sono
A aprendizagem pode ser considerada um processo de alteração no comportamento decorrente de uma experiência. Porém três deles são de extrema importância, são os aspectos:
— Neurobiológicos: neuro desenvolvimento, integridade das funções cerebrais, aspectos sensoriais, funções neuropsicológicas e de processamento cerebral;
— Socioculturais: influência do contexto histórico cultural, escolar e
familiar;
— Psicoemocionais: influência de fatores pessoais, de personalidade, estados emocionais, estilos de aprendizagem, dentre outros.
Assim, podemos dizer que a aprendizagem escolar, se dá por um canal que é interligado no indivíduo através de diferentes estímulos, porém, também existem três áreas de extrema importância, e que se comunicam constantemente para que a aprendizagem ocorra de forma correta. São elas:
– Processamento visual envolvendo o campo Occipitotemporal;
– Área de Wernicke;
– Área de Broca;
Sendo que cada uma fica responsável por uma determinada habilidade. O Occipitotemporal possui a responsabilidade de identificar os grafemas e suas características. A área de Wernicke transforma esses grafemas em fonemas, para em seguida segmentá-la e compreender os vocábulos e a articulação desta palavra acontece na área de broca. Tudo é muito interligado, unido.
Podemos então perguntar: Em que momento esta aprendizagem é sedimentada, alicerçada? Ao dormir. Muitos cientistas mencionam que para estar apto ao aprendizado o cérebro precisa primeiro passar por várias horas de sono.
Portanto, após o aprendizado o sono promove a consolidação e reestruturação de memórias através de mecanismos que vêm sendo esclarecidos nas últimas décadas.
Em 2014, as pesquisadoras brasileiras, Natália Lemos, e Janaina Weissheimer publicaram um estudo coordenado por Sidarta Ribeiro, demonstrando o benefício da soneca para que ocorra a retenção de informações.
O sono ajuda os neurônios a formar conexões muito específicas que podem facilitar a memória de longo prazo.
Assim, o sono desempenha papel importante na aprendizagem e na memória. Quem não dorme bem, não vai aprender bem. Após uma noite mal dormida, a pessoa pode ficar mais irritada e com menor capacidade de concentração durante o dia, o que pode repercutir na memória.
Crianças que dormem pouco: elas precisam de mais tempo para armazenar na memória a vasta quantidade de informações assimiladas ao longo do dia, e para produzir hormônios de crescimento. Dos 5 aos 12 anos, portanto, deve-se dormir, em média, dez horas seguidas.
Seguem informações importantes sobre o sono e a aprendizagem: Quem dorme 8 horas (das 22h às 6h)
– Das 6h às 8h: o período é desfavorável ao estudo. Os bilhões de neurônios inertes durante o sono precisam de pelo menos duas horas para voltar à ativa.
– Das 8h às 12h: o corpo libera hormônios, como o cortisol e os da tireoide, que estimulam a atividade dos neurônios. São quatro horas valiosas para a assimilação de informações.
– Das 12h às 13h: hora do almoço. O corpo está voltado para a produção de um conjunto de hormônios que confere sensação de fome. A capacidade de concentração fica comprometida – evite estudar agora.
– Das 13h às 14h: o processo de digestão consome cerca de uma hora e provoca ainda mais lentidão dos neurônios. Pesquisas revelam que uma sesta neste período potencializa a memória.
– Das 14h às 18h: o corpo volta a liberar hormônios que melhoram a performance dos neurônios. É boa hora para a apreensão de novos conhecimentos.
– Das 18h às 21h: bom momento para uma revisão da matéria. Novas pesquisas mostram que é justamente doze horas depois do despertar que os neurônios mais se dedicam ao processamento de informações assimiladas ao longo do dia.
– Das 21h às 22h: o corpo produz a melatonina, o hormônio do sono, e o cérebro passa a funcionar em ritmo mais lento. O ideal é voltar a estudar no dia seguinte
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